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Árvore Guardiã Da Esperança”

No silêncio, ela assiste tudo.

Vê as bombas caírem como trovões sem chuva.

Deseja que, ao ouvirem o som dos aviões, as pessoas lembrem do mar, do frescor, do vai e vem das ondas.

Ambas passam.

Mas o mar volta à praia com conchas.

Ela sente o medo brotar como erva daninha no peito dos homens.

Também vê beleza onde há dor.

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Nos escombros, uma flor insiste em nascer.

Ela não sabe da guerra.

Só quer florir.


A árvore não se move,

vigiando sempre o que resta de humano em meio ao caos.

Já viu outras guerras.

Guarda os gritos, os sussurros, as promessas, as memórias.

Mesmo assim, permanece, assistindo a tudo.


A paz, pensa ela, é como um cobertor velho:

remendado, gasto, mas aquece.

Enquanto o mundo se rasga em ruídos,

ela costura silêncio com folhas.


Quisera poder colocar conchas nos bolsos de cada criança, para que nunca confundam o som do mar com o som da guerra.


28/10/25


Pensem nas crianças puras e inocentes.

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