Árvore Guardiã Da Esperança”
- Stela Alves

- há 5 dias
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No silêncio, ela assiste tudo.
Vê as bombas caírem como trovões sem chuva.
Deseja que, ao ouvirem o som dos aviões, as pessoas lembrem do mar, do frescor, do vai e vem das ondas.
Ambas passam.
Mas o mar volta à praia com conchas.
Ela sente o medo brotar como erva daninha no peito dos homens.
Também vê beleza onde há dor.

Nos escombros, uma flor insiste em nascer.
Ela não sabe da guerra.
Só quer florir.
A árvore não se move,
vigiando sempre o que resta de humano em meio ao caos.
Já viu outras guerras.
Guarda os gritos, os sussurros, as promessas, as memórias.
Mesmo assim, permanece, assistindo a tudo.
A paz, pensa ela, é como um cobertor velho:
remendado, gasto, mas aquece.
Enquanto o mundo se rasga em ruídos,
ela costura silêncio com folhas.
Quisera poder colocar conchas nos bolsos de cada criança, para que nunca confundam o som do mar com o som da guerra.
28/10/25
Pensem nas crianças puras e inocentes.
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