Minha alma tem muitas cores;
Quem sou eu para escolher uma cor só?
Das cores primárias às secundárias e terciárias,
Sou um prisma ambulante refletindo o que sinto.
Misturo sensações e sentimentos com o meu eu,
E o meu corpo pede uma cor para ser vestido.
Escolho, intuitivamente, aquela cor
E saio para o mundo colorindo minha alma.
Visto-me de Amarelo quando me sinto triste,
Para atrair o calor do sol e aquecer o meu espírito.
Visto-me de Vermelho, quando inteira e plena,
Irradiando a paixão de um corpo constrito.
Visto-me de Azul quando tranquila,
Mesmo sabendo ser a tranquilidade passageira;
Procurando alívio externo,
Quando o espírito está em ebulição interna.
Visto-me de Verde quando ansiosa,
Procurando acalmar a ansiedade que jorra.
Visto-me de Violeta, cor da espiritualidade,
Para me conectar com o meu eu superior.
Visto-me de Laranja, esta cor que berra,
Quando quero chamar atenção do mundo.
Para alguém que pede ajuda,
Por estar se sentindo carente.
Visto-me de Branco quando me sinto pura,
Embora a pureza não se reflita no meu espírito.
Visto-me de Preto com frequência,
Refletindo meu eterno ser melancólico.
Minha alma é um arco-íris,
Refletido no meu modo de vestir e ser.
Prisma tentando iluminar à minha volta,
Para um dia, quem sabe, crescer.
Gattorno Giaquinto
#37: Sobre Cores
referência de imagens:
Eu vejo cores em vc 😉