Todo pôr do sol é um passado
que eu vejo e registro nas fotografias.
Ele é um fim e um agradecimento
pela vida nessa interminável escuridão.
Meu movimento de espera,
minha fé no retorno
e a minha aceitação diária.
Meu “mais um dia, menos um dia”.
A recordação das conversas com os amigos,
das tardes de festa na vila São João.
Saudade de saudar o começo da noite
na mesa bamba do bar na praça do centro.
Equilibrando o copo, tamborilando os dedos na mesa,
enquanto observo a mudança da gente que chega.
Hoje, eu o observo da minha casa,
eu o persigo na caminhada
todo dia.
Tentando, assim, minimizar o sentir
da palavra sem tradução.
Ya Ferreira é participante do grupo de Negritudes do projeto É DIA DE ESCREVER.
Já segue ela lá no instagram ?
@yaraferreiraz
Comments