Dia do Trabalho em São Paulo: a Capital do Desmonte Cultural
- Bob Wilson
- 1 de mai.
- 4 min de leitura
Amigos e Amigas que acompanham minhas palavras.
Dia 1º de maio. Dia do trabalhador. E, apesar de alguns assim não acharem, hoje também é dia do trabalhador cultural.
Para aqueles que se equilibram nas pernas de pau das artes e cultura para sobreviver de migalhas, hoje, em específico na cidade de São Paulo, é um dia de chorar feito palhaços.
Em tempos onde a cultura deveria ser celebrada, São Paulo assiste ao desmonte de seu patrimônio artístico sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes (assim como ocorre no governo do estado). A cidade, que já foi palco de efervescência cultural, agora vê seus espaços sendo demolidos e seus artistas sendo silenciados.
Relembro o emblemático Teatro Ventoforte, fundado em 1974 e reconhecido por sua contribuição à dramaturgia voltada à infância e juventude, foi reduzido a escombros em fevereiro de 2025. A demolição, realizada pela prefeitura, gerou revolta na comunidade artística e foi classificada como um "ataque direto à cultura" pela Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).
Além disso, algo corriqueiro nesta gestão, é o não repasse / atraso de pagamentos de verbas de recursos de editais e contratações. A gestão Nunes, por exemplo, enfrenta críticas por não repassar recursos da Lei Paulo Gustavo aos artistas. Em setembro de 2024, manifestantes denunciaram que estavam há 400 dias sem receber os financiamentos devidos, prejudicando a realização de projetos culturais. São pessoas que ganham os editais, muitas vezes pagos em 2, 3 parcelas, iniciam os trabalhos (planejam agenda, contas pessoais, vida...), e me vem o pilantra e não paga, fazendo com que o planejamento do ano de artistas e produtores vá por agua abaixo.
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