DE: EU
PARA: DEMAIS ESCRITORES DESAFIADOS
Me enfiei numa fria nesse desafio de 365 de escrita. Ainda estamos a 1/3 do desafio, com temas cada vez mais esdrúxulos, e a criatividade em baixa, nos participantes. Coisa de loucos — os que criam os desafios, e os que topam escrevê-los, como eu.
Às vezes me divirto, em outras, escrevo “a pulso”, para não desistir. É um malabarismo tornar rotineira a escrita, tendo temas interessantes — que dariam páginas e dias de escrita — espremidos entre temas nem tão interessantes. Mal dá tempo de reler os próprios textos, nessa vida corrida e no malabarismo a que nos impomos, tentando incluir atividades criativas como hobbies, sabendo que as contas não serão pagas com palavras.
A ideia é ótima, mas o prazo do desafio é... Desafiante. Talvez por isso poucos se disponham a ser assíduos. A coragem desfalece ante a pressão de cumprir metas. Afinal, são tantas as metas e os desafios a que nos propomos na “vida real”, não?
O que nos move? O gosto de juntar palavras num papel. Entender o que eu mesma escrevo, e o que os outros escrevem, a partir do mesmo tema. O problema é que, quando entro num desafio, me proponho a ir até o fim. Não sei se vocês também encaram assim. Se têm tempo e disposição para encarar um desafio desse tamanho. Ou se outros desafios lhe impõem mais foco e disposição, se escrever todo dia não é o foco do seu momento.
Aos que já decidiram não partilhar e desistiram, o que vocês aconselhariam? O que diriam para os que começaram e pararam no meio do caminho? O que seria possível fazer (ou mudar) para manter firme o propósito de chegar ao 365º dia, feliz, sem maldizer o dia em que aceitamos nos desafiar?
O que diriam aos que estão tendo bloqueios criativos e não estão conseguindo escrever? Não estou querendo pressionar, longe de mim. Por mim, muitos estariam junto nesse desafio. Acho que sou “pau para toda obra”. Como muitos de vocês.
A desculpa pode ser o tempo curto para dividir em tantas coisas a fazer. Escrever diariamente temas diversos não é fácil. Não sei se os escritores famosos têm essa facilidade, ou se preferem dar continuidade a ideias, em vez de partir do zero todos os dias.
Não sei como conseguiram ter certeza de que conseguiriam fazer daquela ideia um sucesso, ou se acharam que escreviam só por prazer. E o prazer da escrita, seria menor com o prazo apertado para entrega? Ou pelas alterações comerciais exigidas pelos editores?
Assisti a um filme (Ficção Americana) que aborda esse tema. Li o livro de Stephen King que também fala sobre o processo da escrita e a pressão do mercado literário. Cada vez que busco ajustar minha escrita, me pego achando que nunca vou ter muitos (e assíduos) leitores. A insegurança bate.
O medo se põe à frente, insistindo em me dizer que não preciso me esgotar à frente de um papel para ser feliz.
Resta-nos escolher se topamos ir em frente, ou não. Aos que não toparem, pena. Aos que ficarem, vamos em frente, que atrás vem gente😉!
Goretti Giaquinto
Desafios # 127 e # 128 de 365
Tema: Trocando Cartas
Lembra quando a gente mandava carta para as pessoas? Mais um desafio em 2 partes para vocês. Desta vez escreveremos carta para alguém do Clube a sua escolha (ou um personagem fictício). Se liga nas regrinhas.
PARTE 01 (Desafio # 127):
1 - Escolha uma pessoa do Clube OU crie um personagem
2 - Escolha um tema e escreva uma carta para esta pessoa / personagem que contenha informações sobre seu dia-a-dia e um "problema" que não consegue resolver
3 - Caracteres Livres
PARTE 02 (Desafio # 128):
1 - Agora, responda à carta que recebeu (ou que seu personagem recebeu);
2 - Nesta resposta fale também sobre o seu dia-a-dia e tente ajudar na solução do problema apresentado na carta que recebeu.
3 - Caracteres Livres
Linda carta Goretti e muito pertinente. Também não desisti! Estou fazendo de tudo pra passar pelo bloqueio criativo e estou seguindo. Força e coragem pra nós! XD ^^