Mesmo com tudo desmoronado, eu volto pro mesmo lugar. Sei que parece simples, mas de vez em quando até o simples parece temporário. Quando meu coração se quebra ao longo do dia, eu afogo minhas mágoas no mesmo travesseiro, e quando meu coração se alegra, é no mesmo que eu demoro pra dormir pela ansiedade das coisas novas. A ânsia de ter e o tédio de possuir.
Nunca imaginei que concreto poderia ver tanto amor, discussões e momentos em que eu falava sozinha.
Todos os treinos, as tentativas e as realizações foram no mesmo lugar.
Uma vez assisti um filme que dizia que lar e casa eram coisas diferentes porque um lar era onde existia amor. Fico feliz de ter um lar, talvez quando eu lembre dessa palavra eu só consiga lembrar dos diversos aniversários, natais e anos novos que passamos por aqui.
De vez em quando me lembro de agradecer por ter as coisas, mas na maioria esqueço, assim como esqueço que o mundo não é sobre mim e que a maioria das coisas são extremamente reversíveis.
Me lembro de escrever pra lembrar pra mim das diversas coisas que eu deveria levar pra minha vida, mas como eu disse ela não gira em torno de mim, o que acho curioso já que se nós somos a captação do mundo então somos o centro de algo, mesmo que seja só pra nós mesmos.
Então mesmo não sabendo o significado exato, eu agradeço pelo lar, e pelo fato de nada girar em torno de mim.
Escreve fáááácil essa mana viu. Mais um texto bão demais!
Nós podemos criar nosso lar mesmo sozinhas. Rodeando-nos do que gostamos, enfeitando nossos cantinhos como gostamos. E travesseiros são ótimas companhias….ouvem calados e não nos interrompem!