Tijolos de Barro
Feito com tijolos de barro
Que encontram-se molhados
Chão acinzentado, refeito com cimento depois d’água baixar
Água que não era límpida, do chuveiro ela não caía
Na parede úmida um carrinho pendurado, trazendo lembranças da infância
No chão inda acinzentado, potes de cremes capilares
No cantinho um balde d’água, como prevenção se a mesma faltar
Teto feito com mesmo material
Formando uma mini laje para nós
Para os outros o chão que provavelmente é revestido em mármores
O vaso sanitário que chamamos de privada, tem a mesma cor do barro
Talvez seja uma combinação mal feita, sem essa tal de paletas
Ah mas o chuveiro, a tal da duchinha, essa combina com a descarga que antes
combinava com a privada, que agora combina com a própria tampa
O balde do cantinho lembra o céu quando anoitece
Já as saboneteiras combinam com a cortina
Que quando venta sempre avisa
Paisagem
Ao abrir a porta de casa me deparo com uma bela paisagem. No quintal de casa dou bom dia para meus cachorros e observo os gatos de rua que cuido. Sinto suavemente o cheiro da dama-da-noite que tem do lado direito do quintal de casa, observo o Guiné e os insetos que posam nele, todos coloridos.
Olhando para frente, admiro as árvores da rua de baixo, os prédios perto do Goteira, os pássaros bailando no céu. Observo as casas que ficam coladas uma na outra, a faixada de uma agora está esverdeada, o campinho perto da escola com muitas crianças correndo, no passado já fui uma delas.

Kellyana Vasco escreve para curar. Ela integra nosso Grupo de Negritudes do projeto É DIA DE ESCREVER e você pode trocar uma idéia com ela pelo instagram @heykellyta
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