O Tempo Hesita. Mas Não Para
- Stela Alves
- há 2 dias
- 1 min de leitura
O Tempo,
costura da carne.
O corpo
lembra
tempo de ser pele.
Corpo
recorda
A poesia permanece
Com o corpo que muda,
Escrevo
o que pulsa,
o que lembro,
o que envelhece.
As rugas,
as cicatrizes,
sussurros.
Sou o corpo
que cala,
o tempo
não apaga.
Entre pele e verso,
danço.
Deixo rastros.
O tempo me risca.
Eu respondo,
Em silêncio
No corpo,
Toques
esquecidos
Ossos
guardam
Cheiro
Nomes
Sussurros
Memórias
A palavra não sangra
Habita o corpo
A pele fala
Sem boca
Há diálogo
contínuo
Entre o dançar
e o envelhecer
Palavras ganham
vida
no movimento
no momento
na alma
no gesto
na calma
A
dança
não
é
apenas
movimento.
É
um
chamado
ritual
é entrega
no tempo
ao tempo .

Comments