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"O Eternauta"- O que Achei da Série


Hello, Hello, Hello queridagem!

Gente, vocês já assistiram "O Eternauta" na Netflix? Série argentina que chegou chegando. Tipo aquele som que toca e a gente não precisa nem chegar no primeiro refrão pra já sair balançando a raba.


Baseada numa HQ das antigas, mas com uma pegada tão atual que parece que foi escrita ontem.




Imagina só: Buenos Aires coberta por uma nevasca que mata geral. Primeiro a gente não sabe se é frio, se o ar tá com alguma coisa... mas logo a gente percebe que não é só frio! Aí entra Juan Salvo, interpretado pelo maravilhoso Ricardo Darín, liderando a galera na luta pela sobrevivência.


Isso é uma das coisas legais da série. A busca pela solução dos problemas é sempre pelo coletivo (tirando um ou outro serzinho né). A união das pessoas para enfrentar o perrengue, mostrando que juntos somos mais fortes é o que dá esperança pra esse mundão.



A série é inspirada em uma HQ lá dos anos 50, de Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López que criaram essa obra-prima. Publicada entre 1957 e 1959, a HQ virou ícone na Argentina, tanto que o dia do quadrinho argentino é em homenagem a ela.


Agora, segura essa fita pesada: Héctor Germán Oesterheld, o criador da HQ O Eternauta, não foi só visionário na ficção, não. O cara teve coragem de botar o dedo na ferida da opressão e, por isso, foi perseguido pela ditadura militar argentina. Ele e suas quatro filhas foram sequestrados pelos militares nos anos 70, e até hoje estão desaparecidos. Tipo, o autor da resistência virou mártir real dela.


Fueda, né?


Enfim, voltando a série, precisamos destacar a atuação de Ricardo Darín. Como sempre, o mano da show e brilha demais nesta série. Mas o elenco todo manda bem demais. A química entre os personagens é real, e a gente se apega fácil. Destaque também para as mulheres da trama, que têm papéis fortes e essenciais. Tem o minidoc das gravações e da para perceber como a equipe e atores estavam muito empolgados com a história e gravações.


A série tem um ritmo mais lento, tipo aquele pagode que vai entrando na alma aos poucos. Mas vale a pena cada minuto, porque a construção da história é profunda e envolvente. Não é algo totalmente inovador (a HQ sim, nos anos 50 falar disso era inovador). O assunto "apocalipse por algum desastre ecológico, zumbi ou outros mil que já inventaram", não é novidade, né parças?!


Então, para segurar o público, tem que saber contar essa história. O que gosto em série e filmes com essa temática são duas coisas:


  1. O que causa o apocalipse, é algo possível de se acontecer em nossas vidas?

  2. Quais as soluções e caminhos que as pessoas escolhem para sobreviver.

Sou daquelas que fica tentando adivinhar as coisas durante as cenas sabe (meio insuportável, eu sei Sister & Brothers!).



Séries apocalípticas tão na moda, né? Mas sempre queimo minha mufa pensando: Será que é só entretenimento ou uma faculdade para o futuro?


"O Eternauta", filmes e séries com essa temática, sempre me faz pensar: e se fosse real? Estamos preparados?


Fala sério né, quem nunca pensou em construir um bunker para ter para onde correr o dia que este dia chegar?





NOTA: 7,5/10

Para mim, é uma série um pouco acima da média. Mas, por aí, a série tá bombando e não é à toa. É uma mistura de ação, drama e reflexão que prende do começo ao fim. Tem boas atuações, tem tensão, uma boa fotografia, cenas fora do CEP Hollywood e Europa, e uma série que já começa com um jogo de truco em espanhol, só pode ser boa (risos).


O que pega para mim, é o ritmo meio devagar de alguns momentos da série, e uma coisinha no final dela que não posso contar porque se não vocês me matam a moda romana.



imagem criada por IA
imagem criada por IA

Para quem gosta, seguem algumas avaliações do público em geral por aí:

  • Rotten Tomatoes: 92% de aprovação da crítica e 84% do público.

  • IMDb: 7,7/10.






Curiosidades da Produção

  • A série foi supervisionada por um dos netos de Oesterheld, garantindo fidelidade à obra original.


  • Algumas mudanças foram feitas, como a atualização do contexto temporal e a inclusão de novos personagens, mas sem perder a essência da história.


  • Com um orçamento estimado em US$ 15 milhões, O Eternauta é a maior produção televisiva já realizada na Argentina. A série foi filmada ao longo de 148 dias em 2023, utilizando 38 locações reais em Buenos Aires, o que trouxe desafios logísticos, especialmente em áreas movimentadas da cidade. A equipe de produção destacou a cidade como uma "presença viva", quase como um personagem adicional na narrativa.


  • Além do sucesso artístico, a série teve um impacto econômico significativo. Segundo dados divulgados, O Eternauta contribuiu com mais de US$ 34 milhões (aproximadamente R$ 194,4 milhões) para a economia argentina. Esse valor inclui gastos diretos com a produção e efeitos indiretos, como geração de empregos e movimentação em comércios e serviços locais. Levou mais dinheiro pra Argentina do que o presidente maluco deles (contém ironia).


  • A escolha de Buenos Aires como cenário principal não apenas trouxe autenticidade à adaptação da HQ original, mas também destacou a importância de ambientar grandes produções fora dos tradicionais centros hollywoodianos. A série mostra que a América Latina tem histórias poderosas e cenários ricos que merecem ser explorados e valorizados no cinema e na televisão global.


  • Desde sua estreia em 30 de abril de 2025, O Eternauta se tornou a terceira série mais assistida globalmente na Netflix, com 10,8 milhões de visualizações em apenas cinco dias. É a primeira série em espanhol a alcançar tal feito, ficando atrás apenas de produções de língua inglesa como "Las cuatro estaciones" e a quinta temporada de "You".



O Eternauta não é apenas uma série de ficção científica, xuxus. É um marco cultural que celebra a identidade argentina e a capacidade da América Latina de produzir conteúdo de alta qualidade que ressoa globalmente.


Então, manas, manos e monas... se você curte uma boa história de caos social, com personagens cativantes e uma trama que faz pensar, O Eternauta é a pedida certa.


Prepara a pipoca, se joga, e quando terminar de assistir, vem aqui conversar com a gente!




Construindo meu bunker,

Milly Alves.


1 Comment


Bob Wilson
Bob Wilson
May 12

Companheira, Milly Alves. Essa série, e este tipo de série, só me faz pensar que este futuro, infelizmente, pode estar se aproximando. o Racismo Ambiental é uma verdade. O dia que algo de extremo acontecer neste planeta, alguns terão bunkers e opções de salvamento, já outros, terão o destino da maioria. MAs ok, a série não é sobre meio ambiente (apesar da neve)> Mas quanto a alienígenas, não me preocupo com, eles são amigos.

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