Há amores intensos que fazem dentro em nós
travessias imensuráveis, nunca sozinhos.
Somatórias de memórias finitas
cíclicas como a lua, que em sua plenitude,
entre cheia e minguante
coordena a dança das ondas nas marés.
Na finitude do amor vivido,
O navio segue seu rumo com robustez
Não há dor, somente alegria daqueles
que se encantam com as narrativas vividas.
Sensações profundas para quem não
se deleita com as mazelas da vida.
Segue para o mar, o navio.
desfilando sob as águas salgadas
no sopro de Iemanjá.
Leva consigo um amor sonhado,
que de tão bonito ficou finito.
Compreendeu que tudo é cíclico.
Outro porto o espera,
para uma nova jornada,
Atravessa o oceano,
outras águas a serem vividas.
Leva-se o amor e fica a dor
imersa a solidão.
Do som silencioso da partida
Engulo o adeus, que se esvai em muitas lágrimas.
O navio apita e num aceno contido, respondo.
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