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Foto do escritorFlávia Santos

Travessias

Há amores intensos que fazem dentro em nós

travessias imensuráveis, nunca sozinhos.

Somatórias de memórias finitas

cíclicas como a lua, que em sua plenitude,

entre cheia e minguante

coordena a dança das ondas nas marés.


Na finitude do amor vivido,

O navio segue seu rumo com robustez

Não há dor, somente alegria daqueles

que se encantam com as narrativas vividas.

Sensações profundas para quem não

se deleita com as mazelas da vida.


Segue para o mar, o navio.

desfilando sob as águas salgadas

no sopro de Iemanjá.

Leva consigo um amor sonhado,

que de tão bonito ficou finito.

Compreendeu que tudo é cíclico.


Outro porto o espera,

para uma nova jornada,

Atravessa o oceano,

outras águas a serem vividas.

Leva-se o amor e fica a dor

imersa a solidão.


Do som silencioso da partida

Engulo o adeus, que se esvai em muitas lágrimas.

O navio apita e num aceno contido, respondo.





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