Chegou o carnaval, leitoras e leitores.
Vocês são dos que vão pro abate nas ruas durante esse período de suor, cerveja e danação, ou ficam em casa fingindo superioridade?
O que me apaixona no carnaval são as canções.
Ano passado, aqui pelo projeto "É Dia De Escrever", tivemos até um desafio que pedia para o pessoal escrever suas composições para o carnaval. Eu, que sou muito do meter meu bedelho onde não sou chamado, peguei uma destas letras, coloquei nessa IA , e já tenho meu HIT do carnaval (Composição de, Gattorno Giaquinto. Corre lá no perfil dela).
O resultado é este aqui:
Quando li essa composição fiquei um tempo do dia pensando na "Persona", Brasil, presidente deste planeta.
Imagine o Brasil como um candidato à presidência. Não o país, mas o Brasil como persona: um sujeito extrovertido (humor de quinta série), que chega na reunião da ONU de havaianas e cavaco na mão, pede para abrir a fala com um som do exalta e, nesta época do ano, chegaria fedendo a caipirinha.
Quando perguntado sobre política externa, responde com um sorriso: “no baile a gente resolve”. Esse é o Brasil da canção "Brasil Para Presidente", Como tudo que envolve o Brasil, essa história só podia acabar em Carnaval.
Não sei se vocês sabem, mas marchinhas de Carnaval são aquelas músicas que pegam no pé, grudam na cabeça e fazem você cantar até no banho. Elas surgiram lá no final do século XIX, quando Chiquinha Gonzaga resolveu que o Carnaval precisava de um hino e compôs “Abre Alas”. Era simples, era animada, era perfeita para quem queria dançar sem precisar de aulas de coreografia. Depois, nas décadas de 1920 e 1930, Lamartine Babo e seus amigos transformaram as marchinhas em piadas musicais, com letras que iam de críticas sociais a baratas que fumavam charuto (“A Barata diz que tem”). Era o humor brasileiro em forma de música, e o Carnaval nunca mais foi o mesmo.