Quando o poder te oprime, reprime.
Cubra-se de cultura, use a palavra poeticamente.
O grito na garganta, preso, ardendo, queimando.
Impossibilita o almejar.
Desata esse nó, ata a palavra
A palavra que liga, acende, ilumina, clareia.
A palavra. Lavra
Lavra o lodo, a sabedoria, a sensatez,
O entendimento.
O grito é como a faca na carne,
Penetra, rasga, sangra
Explode como bomba, corrói o peito a alma.
A ferida aberta, exposta.
Causa repugnância, ânsia.
Minha língua lança chamas fumegantes.
Minha boca recolhe o lixo da sociedade
Que se espalha e se agrega em meu ser.
Com sabedoria, mastigo, trituro, engulo, sinto o sabor
E todo esse lixo que em meu ser esta, volta a terra.
É nessa terra, abusada, pisada, que reciclo.
O grito ainda arde e queima.
Como luxo
O lixo é o luxo da periferia
O luxo é o lixo da sociedade.
Mdia do Wix Imagem: Ruas de Cidade Europeia
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