Retangular na parede, feita de ferro, pintada de tinta óleo branca com resquícios de marrom antigo precisando de massa, pintura e retoques novos.
Contém 24 vidros retangulares organizados em duas partes fixas verticais contendo 10 vidros, uma parte fixa horizontal acima com 4 vidros e duas partes móveis ao centro com 10 vidros todos transparentes.
As duas partes centrais móveis encontram-se ao meio sendo finalizadas com uma trava cilíndrica que contém uma lingueta esférica parecida com um batom, que quando encaixadas uma dentro da outra, a janela fica impossibilitada de abrir tanto por dentro quanto por fora e na parte inferior, no peitoril da alvenaria, mas na junção das partes móveis da ferragem, tem um orifício para encaixar um cadeado que impede que a pessoa entre de qualquer maneira.
Porém, ela na sua grande maioria, fica aberta, escancarada. Se eu me sento no sofá, consigo acompanhar o movimento dos pássaros livres que vem comer os grãos que ofereço a eles. Se me sento à mesa, acompanho as nuances do céu, se fico na poltrona de costas para a janela sinto o vento passar por meus cabelos. Da janela vejo o muro de casa, a grade do vizinho, o prédio da rua debaixo, partes do topo da árvore, as plantas do quintal, o céu e os tsurus...
Na medida de 2 metros aproximadamente, a janela fica ao lado de uma porta que liga a sala ao quintal.
Dela vejo além do que meus olhos podem ver, além do que a minha mente possa alcançar; janelas da alma.
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