Antes de conhecer os signos do zodíaco, precisei me conhecer. Tive um agravante em relação à identidade: um espelho real. Não uma imagem refletida. Uma irmã gêmea. Fomos criadas, literalmente, como um par de jarros. Uma se emaranhando na identidade da outra.
Nossos pais nos encaravam como troféus a serem exibidos — gestação gemelar univitelina era rara na família. Quiçá no mundo, sem exagero. Piorando a situação, só o fato de termos nascido no terceiro dia do ano novo. Ou seja, depois do Natal e do Réveillon. Festas únicas? Nem pensar. Dividíamos os presentes, as festas.
Os nascidos entre 22 de dezembro e 19 de janeiro são enquadrados no signo solar de
somos pessoas intensas e dedicadas. Nasci às 03:53h — certamente empurrada pela
minha irmã, que nasceu às 04:05h. Ela diz que sou mandona. Eu acho que nasci antes para testar o mundo e ensiná-la pela experiência de “ser mais velha”.
Talvez por isso possa afirmar que a maior característica do meu signo solar é real: a determinação. Junte os problemas da infância/identidade, com a formação em arquitetura, e chego no fato que sou meticulosa no planejamento.
Nas dificuldades em ter momentos — e presentes — só meus, concordo com a característica de paciência atribuída ao meu signo. Sei que a colheita depende de um bom cultivo. E com Saturno como regente, tenho que esperar o tempo certo. Tudo demora, pra mim. Mas sou impaciente com esperas longas, e pessoas mais teimosas do que eu. Sou rigorosa com a pontualidade — minha e dos que me devem prazos ou encontros.
Sou adepta da praticidade, dentro da característica do realismo onde ponho os meus pés no chão — impulsionada pelo elemento terra onde se encaixa o meu signo. Olho as estrelas sabendo que o terreno não é plano. Mas sei que, se for pra ser, será. Se não for, paciência. Recomeçarei.
Pela exposição e permanente comparação com meu par de jarro, tornei-me uma pessoa reservada. Não gosto de me exibir, nem tampouco tolero exibições desnecessárias, nem fofocas. Mas gosto de repassar conhecimento. Não por vaidade, mas pelo senso de responsabilidade atribuído ao signo, reforçado pela constante comparação que me levava a competir comigo mesma, para perseguir o perfeccionismo. Assim, persigo a sabedoria.
Tenho fama de trabalhadora incansável — tanto que, mesmo aposentada, estou aqui, escrevendo desafios diários, e participando de vários cursos. Me autodenomino multitarefa. E muito séria. E Sóbria — inclusive quanto a bebidas e comemorações. Persigo metas e objetivos com disciplina e muitas listas a serem ticadas. E costumo falar quando minha fala tem um propósito. Aí, às vezes me ferro…
Costumo me manter Íntegra e comprometida com os resultados que almejo. Foco na carreira com muito empenho e dando o meu melhor — o que me levou a cargo de liderança de equipes. E consigo dividir, recompensar e agradecer aos que fazem parte da minha equipe. Mas, confesso, tendo a ser controladora, por ser perfeccionista. Como a cabra montanhesa quero chegar ao topo. Sem fama subindo à cabeça.
Mesmo perseguindo metas, e trabalhando arduamente para obter independência financeira, não me considero avarenta — como rotulam meu signo. Quando tenho e posso, divido. Quero estar bem com as pessoas só meu redor também usufruindo o mesmo que consegui. E gosto de dar presentes que tenham significado para o presenteado. Na verdade, sou controlada nos gastos — principalmente como aposentada — mas nunca deixo de ajudar.
Sou simples no vestir (daí a sobriedade), mas gosto do conforto caseiro (sem ostentação, com qualidade).
Enfim, sou uma capricorniana que busco autoconhecimento e evolução. E que AMO escrever.
E LER.
Goretti Giaquinto
Desafio #65 de 365
Tema: Eu no Zodíaco
Escreva um texto sobre a sua personalidade
Faça uma relação com o seu signo
Até 1500 caracteres
Para alguns, uma luta escrever sobre si. Para outros, a melhor parte da escrita.
Acreditando ou não, o que seu signo tem a ver (ou não) com a sua personalidade?
Se eu estivesse em um tribunal, poderia me defender dos rótulos impostos pela descrição das características dos signos zodiacais. Mas, tudo bem. Aceito. E mudo o que não estiver bom. Afinal, dizem que o signo solar representa os desafios que temos de enfrentar, e não nos definem. São tendências que temos de moldar, para evoluir. Prefiro acreditar nisso. E, agora, aprender a “desamadurecer” …
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